No final do conselho de ministros de hoje, António Costa anunciou que o teletrabalho se mantém obrigatório até ao dia 14 deste mês, sendo, assim, prolongada a vigência desta medida por mais quatro dias. Depois disso, o teletrabalho continuará a ser opcional.

As discotecas e os bares poderão voltar a abrir a partir de dia 14 de Janeiro e a sua frequência apenas é permitida a clientes com teste negativo ou a quem tenha já a dose de reforço da vacina. Ou seja, se apenas tiver as duas doses da vacina tem de apresentar teste negativo para entrar.

O teste negativo é também obrigatório para visitar pacientes internados, para aceder a recintos desportivos, grandes eventos e lares.

As escolas vão mesmo reabrir na próxima segunda-feira e para todos os graus de ensino. Os docentes e não docentes vão ser testados nas duas primeiras semanas após o regresso às aulas. Caso haja um caso positivo numa turma, acaba o isolamento de todos os outros alunos.

O consumo de bebidas alcoólicas em espaço público continua a estar proibido. Até ao dia 9 de Fevereiro mantêm-se as medidas relacionadas com a testagem em relação a voos internacionais.

Novas Medidas para Isolamento Profiláctico
Fica apenas em isolamento profiláctico os casos positivos e os seus coabitantes. Infectados sem sintomas ficam em isolamento por um período de 7 dias. Quem tiver a dose de reforço da vacina  fica isento de isolamento.

No final da reunião de hoje no Infarmed, a Ministra da Saúde deixou um aviso: é preciso manter o teletrabalho. "Tornou-se claro que a mobilidade está a aumentar e a menor utilização do teletrabalho e, portanto, há a necessidade de um novo apelo ao cumprimento das medidas de prevenção, das medidas de saúde pública, no sentido da manutenção, o mais possível e sempre que possível, do teletrabalho", disse Marta Temido no final da reunião com especialistas.

Aqui, os especialistas alertaram para o aumento do índice de transmissibilidade para 0,89, quando há duas semanas era de 0,74. O epidemiologista Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, prevê que se possa atingir o 1 nas próximas semanas. Recorde-se que o 1 foi o limite definido pelo governo para reavaliar o desconfinamento, acompanhado pela taxa de incidência, se esta ultrapassar os 120 caos por 100 mil habitantes.

Os dados de ontem revelaram que no caso da Amadora, o concelho está com 148 casos por 100 mil habitantes, acima da taxa de incêndia propícia ao desconfinamento.

A ministra da saúde apela por isso à restrição dos contactos sociais ao mínimo indispensável e que as medidas de prevenção sejam respeitadas.